06/06/2011

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Para quem mora na região de Itajaí e Balneário Camboriu, sugiro a leitura da matéria que foi publicada dia 02/06 no Diarinho nosso de cada dia, na seção de Economia, sobre a falta de mão-de-obra qualificada nos setores de turismo e hotelaria.
Veja a reportagem:

Setores do turismo e da gastronomia correm o sério risco de sofrer com um baita apagão de mão de obra qualificada

02/06/2011 - 00:00 - Atualizado em 02/06/2011 - 06:08

Região tem mais de 600 postos de trabalho abertos, por falta de gente capacitada pra ocupá-los
Os principais setores que atendem o turismo na região, que são o da hotelaria e de bares e restaurantes, correm um risco de sofrer um apagão na mão de obra qualificada. É o que alertam dirigentes tanto empresariais quanto sindicais da administração pública. Entre Balneário Camboriú e Balneário Piçarras, são mais de 600 vagas em aberto, esperando gente capacitada pra encarar o trampo do segundo maior pico de turistas, que são as férias de julho.
Pra Ademar Schneider, diretor geral da secretaria de Turismo da prefa de Balneário Camboriú, o apagão já bate às portas. “Temos um medo muito grande, principalmente no setor de recepcionista e camareira. A dificuldade já é visível. E cada vez complicando mais”, afirma.
E não é só o bagrão do Turismo da Maravilha do Atlântico (BALNEÁRIO CAMBORIÚ) quem alerta sobre o perigo da falta de gente pra atender a turistada. “Tanto nos hotéis quanto nos restaurantes há uma grande carência no setor operacional. Algo que preocupa muito”, reforça Olga Ferreira, presidenta do sindicato dos Empregados em Hotéis, Bares e Restaurantes (Sechobar).
A entidade que Olga dirige abrange as cidades da faixa litorânea entre os dois balneários, o de Piçarras e o da Maravilha do Atlântico. São mais de seis mil trabalhadores fixos, ou seja, aqueles que, passada a alta temporada, continuam no trampo. Quando o bicho pega, entre dezembro e fevereiro, a categoria sobre pra 8,5 mil pessoas.
Hoje, alerta Olga, são mais de 10% de postos de trabalho em aberto por falta de gente qualificada pra atuar. E quem sofre mais, diz, são os donos de hotéis, que não encontram camareiras, uma atividade trabalhosa, que paga pouco e ainda consome os finais de semana da peãozada.
Hoje, afirma a sindicalista, diminuiu sensivelmente a rotatividade no setor. Com isso, a dificuldade agora não é mais dos trabalhadores que precisam ficar correndo atrás de emprego e sim dos empresários que sofrem pra arranjar gente capacitada e manter esse pessoal na firma.
Que o diga o empresário Rui Narciso, dono do hotel Flamboyant, do Balneário Piçarras, e de mais três restaurantes naquela região. Ele pena para tentar segurar os 22 funcionários fixos e conseguir outros tantos para os trampos sazonais ou temporários. “Sofro com ataques de empresas de outros ramos da região que vêm buscar essa mão de obra”, desabafa.
Rui é presidente do conselho Municipal de Turismo do Balneário Piçarras e integra a direção a Associação das Empresas de Turismo (Assetur) da cidade. O problema, diz o empresário, é que no ramo da hotelaria e da gastronomia trabalha-se durante os finais de semana e isso acaba afugentando muitos trabalhadores.
O trabalho nos finais de semana também é apontado por Olga Ferreira e Ademar Schneider como o grande empecilho pra encontrar gente qualificada e disposta a atuar no ramos da hotelaria e da gastronomia. Hoje, faz questão de dizer Olga, os salários aumentaram bastante e estão competitivos com outros setores, até mesmo o da construção. Com exceção das camareiras, ressalta, que ainda têm os menores salários do setor.
Aposta tá sendo em cursos de qualificação
A preocupação com o apagão na mão de obra qualificada não é a única coisa que a sindicalista Olga Ferreira, o empresário Rui Narciso e bagrão Ademar Schneider têm em comum. Eles também apostam na formação do povo nativo como alternativa de resolver o problema.
Olga e Rui, que costumam sentar em lados opostos das mesas de negociação, resolveram unir esforços pra descascar o pepino. Com a ajuda do serviço Nacional do Comércio (Senac), organizaram um curso de garçons em Piçarras. A escolinha tá funcionando num dos restaurantes da rede Capitão, de Rui.
A Comtur, diz ainda Rui, está negociandi com a secretaria de Educação do Balneário Piçarras uma ação dirigida a estudantes do ensino médio. O objetivo é motivá-los a ingressar nos setores da hotelaria e da gastronomia da cidade. Palestras e a presença de profissionais e dirigentes na escola são as atividades que poderão rolar no segundo semestre.
O Sechobar, de Olga, também promove um outro curso. É o de bartender, que rola no Balneário Camboriú. Em julho, adianta, abrem as inscrições pros cursos de camareira e recepcionista de hotel, também na Maravilha do Atlântico.“E todos os cursos são feitos pelo Senac, com profissionais qualificados. A pessoa sai de lá um profissional”, sigaba.
A secretaria de Turismo do Balneário também investe na qualificação, afirma Ademar, diretor geral da pasta. No ano passado foram abertas 1,4 mil vagas pra capacitação de trabalhadores voltadas a atividades de atendimento aos turistas. “E tivemos muito trabalho pra conseguir preenchê-las”, revela.
 

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